No site progressista francês Golias, título curioso da matéria sobre o levantamento da excomunhão dos lefebvristas: "Comment le pape Benoît XVI a cédé aux pressions des évêques intégristes Ou la victoire posthume de Mgr Lefebvre". O que querem dizer com a primeira parte do título? Que a atitude de Bento XVI se deu por causa de pressões advindas dos círculos tradicionalistas, isto é, nada de posição livre e soberana do papa. E na segunda parte? Lefebvre e companheiros perderam as batalhas do Vaticano II, mas agora, com a atitude de Ratzinger, ganham de vez o jogo. Parecem repetir as mesmas acusações a Paulo VI durante as duas últimas sessões do concílio, no qual Montini barrou algumas partes de esquemas e mesmo fez inserções que colocavam barreiras a interpretações mais abertas dos textos, como, por exemplo, aquele que versava sobre a colegialidade episcopal. Sempre o mesmo jogo. De lado a lado, acusações, "hermenêuticas seletivas", imcompreensões. Como demonstrarei num artigo pequeno que publicarei aqui em alguns dias, a manobra de Bento XVI que levantou a excomunhão dos lefebvristas visou outra coisa: colocar mais uma pedra sobre a hermenêutica descontínua do concílio.
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