Vaticano II e leitura histórica

Artigo tratando sobre hipóteses de leitura histórica do Concílio Vaticano II. Posto o resumo e abaixo o link para o artigo completo.

Bases temporais para o estudo da Igreja Católica no século XX

O Concílio Vaticano II causou, com seus textos finais, grande comoção no interior da Igreja católica. Perpassado por lutas internas e conflitos doutrinais e ideológicos, os padres conciliares produziram textos calcados em certo “compromisso de pluralismo contraditório”. Tal “compromisso” despertou grandes questões para o magistério eclesiástico e para os católicos, já que uma hermenêutica “correta” dos textos era exigida com o passar do tempo. Dessa forma, no período denominado de “pós-concílio”, a luta pelos significados de seus textos continuou e ainda hoje se faz sentir. Ao analisar os pontificados de João Paulo II e de Bento XVI, muitos historiadores e estudiosos tomam como marco de interpretação apenas o Vaticano II, ou seja, o que cada um deles foi e é em relação ao evento conciliar ou, muitas vezes, à imagem que fazem dele, esquecendo-se de que o próprio concílio encontra-se situado historicamente. Assim sendo, não enxergam nada mais que “reacionarismo” e “conservadorismo” de ambos os papas em relação ao concílio e seu pretenso “espírito”. Interpretando-os dessa forma, portanto, assumem uma perspectiva temporal datada sobre a história da Igreja, correndo o risco de deixarem escapar a complexidade que marca o caminhar da Igreja no século XX.

Confira o artigo completo aqui.

1 comentários:

R. B. Canônico disse...

Como já havia comentado, gostei bastante do artigo. Para mim, fazer uma leitura essencialmente histórica do Concílio e suas implicações é algo um tanto quanto novo. Afinal, sempre acabo levando a reflexão mais por uma linha teológica mesmo. Além do mais, ainda vivemos muitas transformações trazidas pelo Concílio ou trazidas em má hora pelo "espírito" do Concílio. E uma das grandes virtudes de seu artigo é, sem duvida alguma, notar que o Concílio não é uma ruptura com o passado da Igreja, como querem alguns hereges.

Novamente, meus parabéns pelo texto!