Rafael Cariello trouxe ontem matéria da Folha de S. Paulo intitulada Papa faz "reforma" parcial do Concílio Vaticano II. O repórter acerta em uma coisa: ao entrevistar o Pe. José Oscar Beozzo, teólogo progressista, ligado à teologia da libertação e Francisco Borba Neto, pertencente do movimento Comunhão e Libertação, próximo ao papa, chega à conclusão de que Bento XVI propôe uma nova interpretação do concílio. Isso é claro, como já tentei demonstrar aqui algumas vezes. Cariello visa uma reportagem que dá voz aos dois lados da questão, contudo, o título dado à matéria pende para a visão progressista, na qual afirma que Bento XVI não assume o concílio e tudo o que ele tem de novidade. A questão é mais complexa e a luta interpretativa sobre o concílio ainda não terminou. Além disso, não podemos simplesmente separar os grupos interiores da Igreja em duas alas. Podemos sim, hipoteticamente, dizer que existem aqueles progressistas, tradicionalistas e reformadores/conservadores. Bento XVI está entre os últimos, buscando um equilíbrio, o que nem progressistas, nem tradicionalistas aceitam em suas interpretações radicais da realidade eclesial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
A hermeneutica da continuidade, proposta por Bento XVI parece-me, na verdade, a unica ferramente razoavel para interpretar qualquer fato na história eclesial recente. Sempre também gosto de refletir na questao da lealdade ao Papa, que se fa zmuito necessaria em nossos dias.
Mandei um email a vc, estou aguardando a resposta.
Um grande abraço!
A hermeneutica da continuidade, proposta por Bento XVI parece-me, na verdade, a unica ferramente razoavel para interpretar qualquer fato na história eclesial recente. Sempre também gosto de refletir na questao da lealdade ao Papa, que se fa zmuito necessaria em nossos dias.
Mandei um email a vc, estou aguardando a resposta.
Um grande abraço!
Postar um comentário