4 anos de Bento XVI

Há quatro anos Joseph Ratzinger era elevado ao papado. O primeiro papa do século XX e do novo milênio. Nesse tempo, Bento XVI deixou claro algumas de suas metas: mostrar a luz de Cristo a todos os povos e tentar uma reconciliação no seio da Igreja. Os últimos meses desse quarto ano de pontificado foram os mais difícieis para ele. Parace que na homilia proferida em sua primiera missa como papa já previa o que viria pela frente. Dizia:"Rezai por mim, para que eu não fuja, por medo, dos lobos". E não faltaram os lobos. O movimento para desacreditá-lo e desligitimar todos os seus atos e falas foi constante nos últimos tempos. Qualquer palavra que proferia, em diversos contextos, era instrumentalizada e utilizada contra ele mesmo. Há muito tempo não se via tanto vociferar contra um papa. Seu projeto de restabelecer um equilíbrio no seio da Igreja, visando aliviar a crise pela qual passa desde o final do Concílio Vaticano II, com a emergência e consolidação de uma hermenêutica de ruptura do evento conciliar, fez com que rapidamente, aqueles "vencedores do concílio" se mexessem a fim de evitar qualquer dano às posições que alcançaram. Ratzinger sabe que a crise advém, em parte, dessa hermenêutica e muitos dos caminhos que escolheu seguir em seu governo vieram diretamente de encontro com essa interpretação, que de hegemônica em 40 anos de pós-concílio, passa a sofrer seus primeiros abalos.

1 comentários:

Julie Maria disse...

Boa análise!

PAX

Julie Maria