Pio XII, o nazismo e o comunismo

O Vaticano divulga documentos da época de Pio XII, especificamente 1943, no qual o papa Pacelli ordena que mosteiros dêem cobertura judeus, de acordo com a Radio Vaticana. Não é novidade que Pio XII é visto por muitos (principalmente pela visão deturpada de John Cornwell, que fez um deserviço à história com sua obra O papa de Hitler) como um antissemita e que não teria agido mais radicalmente na defesa do povo judeu. O que chama atenção é que os mesmo que querem o papa como um antissemita batem palmas para o fato de que o Concílio Vaticano II não deu uma palavra se quer sobre os massacres que ocorriam nos países comunistas. Seria melhor o silêncio para evitar mais perseguição. Aí está uma das incongruências históricas que ainda não se resolveram: a benevolência ilusória frente ao comunismo e a dureza frente ao nazismo. Duas pragas do século XX.

3 comentários:

R. B. Canônico disse...

Rodrigo, vc já leu a primeira encíclica de Pio XII, a "Summi Pontificatus"?

Ali há uma claríssima crítica frente ao nazismo e comunismo, muito contundente. Ea Enciclica é de 39.

Vale a pena lermos e divulgar que este grande Papa combateu valorosamente, inclusive no campo das idéias, os erros de nazistas e comunistas.

Morg Ana disse...

Eita, quero ler a "Summi Pontificatus"!

Obrigada pela dica, Rodolfo!

Fiquem com Deus!

Anônimo disse...

Engraçado como tudo que denuncia a monstruosidade do comunismo é, digamos, "esquecido", "omitido".

Consideremos o caso de O Livro Negro do Comunismo. Afora as reações esperadas na França, conforme relata Courtois na sequência Cortando o Mal pela Raiz, pouca atenção lhe foi dada, aqui no Brasil, por exemplo, e essas obras importantíssimas, seminais, assim espero, parece não terem gerado frutos.

Outra obra importante - A Infelicidade do Século, de Alain Besançon - teve a infelicidade (sem trocadilho) de ser traduzida pelo Emir Sáder, um marxista fanático, dos que são capazes de enxergar conflito de classes até no mundo animal.

Talvez por isso, o John Cornell tenha tido grande saída aqui no Brasil, enquanto refutações importantes a O Papa de Hitler sequer tiveram a sorte de serem publicadas pelas nossas editoras.

Resta-nos, então, a internet e o serviço muito bom que blogueiros como vocês, Andrea, Rodolfo e Rodrigo, sem qualquer rasgação de seda, fazem, a exemplo dessa encíclica de S.S. Pio XII que também fiquei desejoso de lê-la.

Abraços a todos.