Rino Fisichella e o "caso de Alagoinha"

Rino Fisichella, presidente da Pontifica Academia para a Vida escreveu um artigo no L'Osservatore Romano divergindo com a decisão de excomungar a mãe da "criança de Pernambuco". Segundo ele,"Não era preciso tanta urgência e publicidade ao declarar um fato que se realiza de maneira automática. O que se sente maior necessidade neste momento é o sinal de um testemunho de proximidade a quem sofre, um ato de misericórdia que, mesmo mantendo firme o princípio, é capaz de olhar além da esfera jurídica para atingir aquilo que o direito prevê como objetivo de sua existência: o bem e a salvação daqueles que crêem no amor do Pai e daqueles que acolhem o Evangelho de Cristo como as crianças, que Jesus chamava para junto de si e as abraçava dizendo que o reino dos céus pertence a quem é como elas." Lúcido, transparente, claro e honesto. O texto completo em português aqui.

1 comentários:

MARCELO disse...

De fato, belo e pertinente artigo. Pretendo escrever em meu blog sobre o assunto,uma reflexão envolvendo lei e misericórdia, tradição e modernidade, mas ainda não passei dos rascunhos, não cheguei à uma forma definitiva. Talvez deva deixar decantando um pouco. No entanto, uma coisa deixa-me curioso: certo silêncio, salvo engano, a respeito do artigo do Reinaldo Azevedo, "O Bispo, o aborto e a excomunhão ou de oportunista e hipócritas". O autor é sempre muito citado, e elogiado, na blogosfera católica tradicionalista e em blogs protestantes mais conservadores. Considero um dos textos mais equilibrados, dentro desta polêmica ríspida e cheia de desmedida.