As "notícias" sobre as palavras do papa não cessam. Desde o "caso Willianson" qualquer coisa que Bento XVI afirma é oportunidade para enxovalhá-lo. Como estava mergulhado em trabalho semana passada, não consegui ver qual é a bola da vez: as palavras de Ratzinger sobre os preservativos. Oportunismo mesclado com desonestidade e mal-caratismo. Como nos disse Pondé em artigo da Folha de hoje (veja abaixo), a Igreja Católica, e principalmente o papa, são frutos de um pensamento que se baseia no senso comum. O que não deveria ser para um veículo de informações como a Folha. Rafael Cariello, que admiro pelo esforço em aprofundar os temas relacionadoa à Igreja de Roma, deixa-se levar facilmente por questões ideológicas em seu texto de hoje, e assume a posição clara e límpida da "esquerda católica", ao afirmar que o papa "discorda dessa interpretação do concílio (modernização e inculturação) como um movimento de 'aggiornamento', e prefere enfatizar a continuidade, a "centralidade" cultural européia e a tradição da Igreja Católica." Essa palavra "aggiornamento" é problemática, usada e abusada pelos grupos internos da Igreja em vistas de seus interesses simbólicos. Em relação à tradição, seria estranho se o papa estivesse preocupado em enfatizar a tradição zen-budista, não é mesmo? Ao buscarem serem críticos demais, jornalistas caem regularmente nas posições ideológicas assumidas por grupos que visam falar.
Aqui, o presidente da CEI (Conferenza Episcopale Italiana) fala algumas palavras sobre os últimos acontecimentos.
Aqui, o presidente da CEI (Conferenza Episcopale Italiana) fala algumas palavras sobre os últimos acontecimentos.
1 comentários:
Aproveito para dizer que acabo de ler um texto interessnatíssimo de Dom Aloísio Roque Oppermann – Arcebispo de Uberaba, publicado no blog do prof. Felipe Aquino. Está no contexto daquilo que você menciona aqui no seu post.
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2009/03/23/sindrome-persecutoria/#comment-249161
Abs.
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