Vaticano II "supervalorizado"

O Vaticano II foi um momento "supervalorizado" para muitos católicos. É o que diz o filósofo e medievalista alemão Kurt Flasch ao analisar a conjuntura eclesial em artigo no Le monde, publicado no iHu.

Assim afirma: "É verdade, o Vaticano II trouxe algo novo no que se refere à liberdade religiosa e à exegese bíblica, mas sem nada tirar do primado do bispo de Roma, nem do primado da jurisdição do papa. Para o Colégio episcopal, o concílio realizou viradas de pouca importância, teológico-cosméticas em suma, sem verdadeiros efeitos sobre o direito canônico. Uma enorme propaganda unida a uma colocação em cena espetacular, fizeram aparecer o Vaticano II mais revolucionário de quanto não tenha sido na realidade, e a central romana luta há décadas contra esta percepção, que é antes uma autopersuasão."

3 comentários:

Morg Ana disse...

Muito interessante! Vejo que hoje as pessoas usam muito os termos "revolucionário" "rebelde" "rreverente" como se fosse coisas boas em si. Por trás deste linguajar há muito mais do que posso colocar aqui, mas o que quero dizer é que certos grupos resolveram se aproveitar do Concílio Vaticano II para defender suas próprias idéias, muitas vezes erradas. Estes esquecem, ou não querem lembrar, do caráter pastoral do Concílio e de que na verdade não mudou o "básico" da Igreja, digamos assim.

Abraço!

Eduardo disse...

Prezado Rodrigo,
Quando for possível à você, gostaria muito de receber pela internet o material que você possui sobre o Coetus Internationalis Patrum, incluindo as cartas e textos. Quando você defenderá sua tese?
Atenciosamente,
Eduardo

Anônimo disse...

Olá!

Obrigada pela visita ao meu blog!

Pelo jeito, você gosta dos temas relacionados com o CVII.

Vou ler com mais calma depois e sempre estarei aqui também.

PAX

Julie Maria